sábado, 30 de abril de 2011

Super-Homem renuncia à cidadania americana



RIO - Se fosse possível, talvez o governo americano pensaria em adotar kryptonitas em vez de armas de fogo depois da mais recente edição da revista em quadrinhos "Action Comics". Nela, o Super-Homem se revolta e anuncia que pretende renunciar à cidadania americana. O Homem de Aço está cansado de ter suas ações interpretadas como instrumento da política dos Estados Unidos.

O herói, que quando criança saiu do planeta Krypton para a Terra e foi adotado pela família Kent em Smallville, no estado do Kansas, concluiu que o melhor para ele é servir ao mundo em geral, depois de ter sido acusado de causar um incidente internacional ao voar para a capital iraniana Teerã em meio a uma grande manifestação. Ele queria que os manifestantes soubessem que não estavam sozinhos.

A história de nove páginas foi escrita por David S. Goyer e desenhada por Miguel Sepulveda. Nela, Superman fica em pé, em silêncio, durante 24 horas, sendo atacado por coquetéis molotov, insultos e ameaças, mas também é ovacionado por simpatizantes durante a mobilização. A polícia e o exército americano não disparam contra o super-herói e a manifestação de mais de um milhão de pessoas termina em paz.

Super-Homem segue exemplo do Capitão América
Apesar das boas intenções do Super-Homem, o governo iraniano considera a intervenção como ato de guerra e acusa o herói de representar o presidente dos Estados Unidos. Em seguida, Superman explica que renunciará à sua cidadania.

- A verdade, a justiça e os valores americanos não são suficientes. O mundo é muito pequeno e está muito conectado.

Esta não é a primeira vez que um personagem de história em quadrinhos se irrita por ser considerado parte da política americana. Na década de 1970, o Capitão América, da Marvel Comics, renunciou seu famoso traje e escudo e adotou outra identidade quando estourou o escândalo de Watergate.

A notícia da decisão de Superman provocou críticas em blogs e fóruns na internet. A editora da revista, entretanto, garantiu que não se trata de uma crítica à Casa Branca e que o super-herói continua tão americano quanto uma torta de maçã ou o beisebol.

- Superman é um visitante que vem de um planeta distante e adotou os valores americanos há muito tempo. Como personagem e ídolo, ele representa o melhor do que é ser americano - disseram os co-editores Jim Lee e Dan Didio, em um comunicado.

Fonte: O Globo

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