quinta-feira, 30 de junho de 2011

Tomografia supera radiografia na detecção de câncer de pulmão


DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON

A detecção por tomografia computadorizada do câncer de pulmão permite reduzir em 20% os óbitos entre fumantes e ex-fumantes em relação ao uso da radiografia, revela um estudo publicado no "New England Journal of Medicine".

O estudo clínico, iniciado em 2002 nos Estados Unidos, examinou 53.454 homens e mulheres com entre 55 e 74 anos que fumaram ao menos 30 pacotes de cigarros ao ano.

O objetivo da investigação era comparar a diferença na taxa de mortalidade entre as pessoas submetidas várias vezes ao ano a tomografias e a radiografias.

"Os resultados confirmam que a detecção por tomografia pode reduzir o número de mortes provocadas por câncer de pulmão", que mata anualmente mais de 150 mil americanos, disse Denise Aberle, da Universidade da Califórnia.

O estudo aprofunda dados já publicados em novembro de 2010 e que mostravam a maior eficiência da tomografia na detecção do câncer de pulmão.

"Esta pesquisa servirá de orientação para uma política de saúde pública sobre a detecção do câncer de pulmão nos próximos anos", destacou Aberle.

Os participantes do estudo foram escolhidos de forma aleatória para três exames anuais de prevenção do câncer de pulmão, metade por tomografia e metade por radiografia.

A tomografia permite obter imagens de várias "partes" do pulmão, enquanto o paciente segura a respiração por mais de sete segundos.

A radiografia exige apenas que o paciente segure a respiração durante poucos segundos, e revela uma única imagem, que não permite diferenciar todas as estruturas anatômicas pulmonares e detectar um tumor em fase inicial.


Enviado via iPhone

sábado, 25 de junho de 2011

Teste iPhone

Imagem da catarata do Iguaçu

Enviado via iPhone

Médicos brasileiros reduzem pedidos de tomografia

Médicos brasileiros estão reduzindo os pedidos de tomografia e substituindo o exame por outros que não emitem radiação ionizante, como o ultrassom e a ressonância magnética.

Pacientes cardiológicos são expostos a risco

A iniciativa, confirmada pelo CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem), ocorre após estudos recentes revelarem que até 2% dos cânceres nos Estados Unidos são resultantes das irradiações da tomografia computadorizada.

Também está em discussão na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a revisão de uma portaria de 1995 que regulamentou a radiologia no Brasil.

A nova versão do documento vai estabelecer o limite de radiação que os pacientes devem receber em um exame radiológico.

A radiação ionizante pode causar morte celular, e a probabilidade de câncer é proporcional à dose recebida.

Hoje não há um limite estabelecido de quantos exames uma pessoa pode fazer para estar segura. A orientação é quanto menos, melhor.

Estudos apontam que o risco de câncer aumenta quando a exposição à radiação, que é cumulativa, passa de 40 millisieverts (mSv).

Em uma tomografia computadorizada de abdome, por exemplo, o paciente se expõe de 2 mSv a 10 mSv de radiação ionizante. Se for obeso, a dose chega a ser o dobro.

A preocupação cresceu porque, nos últimos anos, a tomografia passou a ser um dos exames mais pedidos pelos médicos e, muitas vezes, sem necessidade.

Nos EUA, ela responde por 50% de toda radiação recebida em exames. Estima-se que até 40% dos exames feitos por ano sejam desnecessários. No Brasil, não há estimativas do tipo, mas estudos mostram situação parecida.

ULTRASSOM

Para o radiologista Fernando Alves Moreira, especialista em tomografia e porta-voz do CBR, o comportamento dos médicos brasileiros começa a mudar.

"Como a tomografia tem uma resolução melhor e consegue pegar alterações menores, o pessoal pedia mais. Agora, com a preocupação da radiação, já se intercala com ultrassom ou ressonância."

O urologista Miguel Srougi, professor titular da USP, é um dos que mudaram de conduta, passando a limitar os pedidos de tomografia computadorizada no seguimento de pacientes oncológicos.

Antes, ele solicitava uma tomografia a cada quatro meses nos casos de tumores de bexiga, por exemplo. Agora, intercala o exame com o ultrassom. "Se der alguma anormalidade, aí peço a tomografia. Diante das novas evidências, deve ser usada com cautela."

O oncologista Paulo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, diz que há mudanças também no acompanhamento do câncer de testículo.

"O exame deve ser feito para complementar uma hipótese clínica, nunca para avaliar se há um câncer quando não existe outra indicação de que isso esteja acontecendo."

RESTRIÇÃO EM CRIANÇAS

Estudos mostram que uma tomografia computadorizada em uma pessoa de 25 anos aumenta o risco de câncer em 0,6%, em relação a quem nunca tenha feito o exame.
Moreira diz que, em crianças, o bom senso em limitar exames deve ser ainda maior.

Já existe um movimento mundial neste sentido. Para crianças com doenças pulmonares crônicas, já se discute dispensar algumas fases do protocolo do tratamento (que prevê exames periódicos para análise da doença) para evitar o excesso de radiação.

Fonte: Folha.com

domingo, 12 de junho de 2011

Crônica de uma virada...

Bruno Mazzeo: Crônica de uma virada por um torcedor do Vasco

Na vida, como num jogo de tabuleiro, às vezes é preciso recuar uma casa para depois andar duas. Foi o que tentei pensar, usando o otimismo que me é peculiar, quando o Vasco caiu para a Série B. Um amigo mais exaltado lembrou a Alemanha, que precisou perder duas guerras para então se recuperar e virar o país que é hoje.Pois nós, vascaínos, já recuamos a tal casa e andamos bem mais que duas. O título da Copa do Brasil, o primeiro nacional desde a geração de Juninho Pernambucano, Romário, Euller e cia, foi a coroação. Ou o novo começo. Mais um. Esse é o Vasco. Que apanha, sobrevive e reage. Um Rocky Balboa do futebol. Desde sempre, a luta contra o racismo, a construção de São Januário, até a mais recente queda e tantas chacotas.

Aqui em casa a comemoração foi especial. Ou, pelo menos, diferente. Foi o primeiro título que meu filho comemorou. Ele tinha passado pela frustração da perda do Carioca e, você sabe, nessa idade as crianças são influenciadas. No colégio, no parquinho, quem não tem título dança. Cheguei a temer por uma prematura virada de casaca, coisa que pra mim, pobre pai, seria a morte. A dor de ver meu pequeno chorando quando os três penaltis foram perdidos no Engenhão bateu forte em mim. Assim como a lágrima de alegria após a batalha de Curitiba teve sabor, sei lá, de tutti frutti. O Vasco foi minha primeira paixão. Com ele já sofri, já vibrei, já perdi voz, já briguei com namorada, já chorei de raiva e de alegria, já tomei porre... Já vi títulos e já vi vices. Apogeu e decadência. Torci por Roberto, Romário e Edmundo, mas também por Clóvis e Valdir Papel.

Com o Vasco passei as maiores emoções da minha vida. E quarta passei por mais um teste. A idade vai chegando e a gente vai temendo problemas maiores. Cheguei a pensar “não tenho mais saúde pra isso”. Um olho na tela, outro no meu filho e o coração saindo pela boca. Vontade de entrar pela tela e ajudar Dedeckembauer e Anderson Martins a afastarem aqueles coxas brancas da nossa área. Como se eles precisassem. O orgulho de ser vascaíno nunca foi, nem de perto, abalado. O sentimento jamais parou. Mas agora ganhou sobrevida.

Orgulho dos nossos heróis capitaneados pelo doce Ricardo Gomes. Mais uma ironia do futebol: o maior zagueiro que eu vi jogar (depois de Mauro Galvão e Ricardo Rocha, claro), um dos responsáveis pelo maior tabu de quando comecei a torcer – os quatro anos sem vitoria sobre o Flu hoje é um dos responsáveis por mais essa retomada. Outro herói é antigo. Roberto Dinamite. O meu ídolo maior, um dos responsáveis por eu ter escolhido a paixãopelo Vasco. O maior artilheiro de todos, mostrou ser goleador também fora de campo. Começou um jogo perdendo de goleada, sofreu mais uns golzinhos, mas levantou, sacodiu a poeira e deu a volta por cima, comandando a nau para mais uma virada. O trem bala está de novo no trilho. Não é essa a nossa história? Não somos o time da virada? Então. O jogo segue.

Mas agora já lembramos quem somos. Como sempre dizem os próprios jogadores, “agora é dar continuidade”. A nós, torcedores, cabe continuar fazendo nossa parte. Então, uh pulaê! Deixa o caldeirão fervê!

PS: Seja bem-vindo, Juninho!

PS2: Alguém fala pro Messi ir se preparando, que ano que vem a gente se encontra em Dubai.

Fonte: Extra

Crônica de uma virada...

Bruno Mazzeo: Crônica de uma virada por um torcedor do Vasco

Na vida, como num jogo de tabuleiro, às vezes é preciso recuar uma casa para depois andar duas. Foi o que tentei pensar, usando o otimismo que me é peculiar, quando o Vasco caiu para a Série B. Um amigo mais exaltado lembrou a Alemanha, que precisou perder duas guerras para então se recuperar e virar o país que é hoje.Pois nós, vascaínos, já recuamos a tal casa e andamos bem mais que duas. O título da Copa do Brasil, o primeiro nacional desde a geração de Juninho Pernambucano, Romário, Euller e cia, foi a coroação. Ou o novo começo. Mais um. Esse é o Vasco. Que apanha, sobrevive e reage. Um Rocky Balboa do futebol. Desde sempre, a luta contra o racismo, a construção de São Januário, até a mais recente queda e tantas chacotas.

Aqui em casa a comemoração foi especial. Ou, pelo menos, diferente. Foi o primeiro título que meu filho comemorou. Ele tinha passado pela frustração da perda do Carioca e, você sabe, nessa idade as crianças são influenciadas. No colégio, no parquinho, quem não tem título dança. Cheguei a temer por uma prematura virada de casaca, coisa que pra mim, pobre pai, seria a morte. A dor de ver meu pequeno chorando quando os três penaltis foram perdidos no Engenhão bateu forte em mim. Assim como a lágrima de alegria após a batalha de Curitiba teve sabor, sei lá, de tutti frutti. O Vasco foi minha primeira paixão. Com ele já sofri, já vibrei, já perdi voz, já briguei com namorada, já chorei de raiva e de alegria, já tomei porre... Já vi títulos e já vi vices. Apogeu e decadência. Torci por Roberto, Romário e Edmundo, mas também por Clóvis e Valdir Papel.

Com o Vasco passei as maiores emoções da minha vida. E quarta passei por mais um teste. A idade vai chegando e a gente vai temendo problemas maiores. Cheguei a pensar “não tenho mais saúde pra isso”. Um olho na tela, outro no meu filho e o coração saindo pela boca. Vontade de entrar pela tela e ajudar Dedeckembauer e Anderson Martins a afastarem aqueles coxas brancas da nossa área. Como se eles precisassem. O orgulho de ser vascaíno nunca foi, nem de perto, abalado. O sentimento jamais parou. Mas agora ganhou sobrevida.

Orgulho dos nossos heróis capitaneados pelo doce Ricardo Gomes. Mais uma ironia do futebol: o maior zagueiro que eu vi jogar (depois de Mauro Galvão e Ricardo Rocha, claro), um dos responsáveis pelo maior tabu de quando comecei a torcer – os quatro anos sem vitoria sobre o Flu hoje é um dos responsáveis por mais essa retomada. Outro herói é antigo. Roberto Dinamite. O meu ídolo maior, um dos responsáveis por eu ter escolhido a paixãopelo Vasco. O maior artilheiro de todos, mostrou ser goleador também fora de campo. Começou um jogo perdendo de goleada, sofreu mais uns golzinhos, mas levantou, sacodiu a poeira e deu a volta por cima, comandando a nau para mais uma virada. O trem bala está de novo no trilho. Não é essa a nossa história? Não somos o time da virada? Então. O jogo segue.

Mas agora já lembramos quem somos. Como sempre dizem os próprios jogadores, “agora é dar continuidade”. A nós, torcedores, cabe continuar fazendo nossa parte. Então, uh pulaê! Deixa o caldeirão fervê!

PS: Seja bem-vindo, Juninho!

PS2: Alguém fala pro Messi ir se preparando, que ano que vem a gente se encontra em Dubai.

Fonte: Extra

sábado, 11 de junho de 2011

Coluna de Marcelo Adnet no Globo


Vasco!
O campeão voltou. Depois de hibernar durante sete anos, de 2004 até o início deste, o Vasco não deixou o sentimento parar na sua imensa torcida de Norte a Sul deste Brasil. Saiu do armário a alegria e a camisa da Turma da Fuzarca, em todo o Brasil. Natural que durante um período de estiagem sequem as flores e as cores. Os vascaínos andavam tímidos, excluídos das decisões. Ainda assim, o vascaíno não é um tipo frágil e acuado; é forte como o clube, certo na sua paixão, comprometido com o gigante que, mais cedo ou mais tarde, iria despertar.

Já escrevia aqui desde a Taça Rio que este era o melhor momento do Vasco desde num-sei-quando e agora tenho o privilégio de ver a festa de meus conterrâneos, meus amigos e mais um monte de gente que nunca vi mais feliz.

Tudo começou quando cheguei sonolento e apressado ao aeroporto Santos Dumont na manhã de quarta-feira. Quase tudo estava em seu devido lugar. Os executivos e seus gadgets, aeromoças maquiadas, os dois paparazzi - um cara grande que tira foto e uma morena que grava as celebridades e subcelebridades*, todos, como sempre, estavam ali, batendo o ponto. Mas havia algo único e diferente naquele dia. Logo me chama a atenção as diversas camisas do Vasco que se espalhavam pelo saguão. Eu cansado, desmotivado, ao lado de pessoas emocionadas, arrepiadas, ansiosas. Subi para o embarque e, sorvendo um cafezinho com leite escutava, vindo de um dos portões: "Vou torcer pro Vasco ser campeão...". Nunca vi o aeroporto daquele jeito, tão vascaíno. Mesmo com minha malinha que traz o escudo do Botafogo, me sentia em harmonia com aquela galera, parecia vibrar em sintonia com eles, em uma frequência bem menos intensa, é verdade, mas posso assegurar que fui contaminado pelo tal "sentimento". Conversei com alguns torcedores-viajantes e um deles, já dentro do avião, me cobrou - "sábado quero ler sobre o título do Vasco na sua coluna". Aqui está, amigo. Não só aqui, neste caderno, mas em outras colunas, jornais, sites, bancas de jornais, conversas, favelas, palafitas, bares, cidades e, principalmente, na memória daqueles navegadores modernos que foram a Curitiba testemunhar a derrota mais doce de todos os tempos, derrota-vitória cheia de gols, de campeão.

No futebol, aprendemos que a dor do rival da cidade é um alívio para as nossas dores. Para os alemães, "Schadenfreude", para nós, secar muito as realizações alheias, como se isso fosse nos aliviar. Se o Vasco perdesse a decisão, os rivais estariam prontos para chamá-lo de "vice (de novo)", para diminuí-lo, chutá-lo. Mas, volta e meia a gente escapa desta sina da Schadenfreude e tem sentimentos mais nobres. Vendo o jogo, não havia como eu torcer contra o Vasco, não seria bom nem com meus amigos de aeroporto, com quem havia vibrado algumas horas antes, nem com meus amigos pessoais, que merecem a vitória. Yuri, Piero da Vila, Zé Henrique Fonseca, Bruno Mazzeo e mestre Chico, Burnier, Santiago, Marcos Palmeira e Luis, vô do meu afilhado, que passeia como uma criança com a faixa no peito, não a de campeão, isto é bobagem passageira, mas a inconfundível faixa diagonal, a da paixão pelo Vasco da Gama. Estou muito feliz por todos vocês, pelo nosso Rio de Janeiro e, principalmente, pelo Dinamite, que encerra e enterra o mirandismo na colina, aleluia!

Não seria justo não falar nada sobre o Coritiba. Guerreiro, valente, mesmo tomando um gol desestabilizante no início, o time correu muito atrás e por muito pouco não leva o título. Fatalidade, coisas do futebol. Torcedores do Coxa e todos do clube, vocês também merecem parabéns. Com a cabeça erguida o alviverde pode ir longe no Brasileirão. A Libertadores não veio agora, mas pode vir em dezembro.

Este Vasco de hoje lembra dos Vascos de que eu me lembro - Vasco do Dinamite, Cocada, Giovanni, Romário, Edmundo, Denner, Valdir Bigode, Felipe e Juninho que, ao que tudo indica, irá defender o alvinegro na Libertadores novamente. Emocionante retorno.

Pra mim, ser Vasco é...

ter vocação pra carregar uma faixa no peito

ter a alma na Zona Norte

ser gigante sem ser maioria

ter São Januário como templo e Eurico como fardo

Por fim, o mais irônico é que o vascaíno Cabral não pode ver seu time desfilar em um caminhão dos bombeiros, por motivos óbvios.

Pelo menos por hoje e por esta semana: Vasco!

* Incluem-se aí as celebridades das Séries B, C e D. Eu ainda não consegui classificação nem para a Série D.

sábado, 4 de junho de 2011

Carro de Anthony Garotinho é atingido por tiros


Deputado saía da cidade após participar de reunião política do PR
O deputado federal Anthony Garotinho (PR/RJ) passou um verdadeiro susto na noite desta sexta-feira (02/06), na saída da cidade de Cabo Frio, depois de cumprir agenda política e participar de encontro do Partido da República (PR) que é presidente estadual.

As informações que chegaram a redação do Site Ururau foram de que o carro do deputado foi atingido por dois tiros que acertaram a porta traseira, onde Garotinho costuma ficar.

A reportagem do Ururau conseguiu um contato com o filho do deputado e presidente do PR Campos, Wladimir Matheus, que afirmou que sua mãe, a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, já havia feito contato por telefone e que Garotinho afirmara que depois do grande susto, estava mais tranqüilo e seguia para Campos.

“Ele está bem. Não aconteceu nada com ele. Os tiros foram dados quando ele estava saindo de Cabo Frio. Pegaram na porta de trás do carro onde ele costuma ficar. Não sabemos se foi assalto ou outra coisa. Mamãe (Rosinha Garotinho) falou com ele. Ela estava muito nervosa também, mas agora está mais tranqüila”, declarou Wladimir.

Fonte: Ururau